13 de mar. de 2012

Hiper-Sexualização das meninas!!!!!


HIPER-SEXUALIZAÇÃO DAS MENINAS


Melanie FREY/ReservoirPhoto pour “Choc Hebdo”
A hiper-sexualização das meninas inquieta o governo francês e o Senado acabou de tornar público um relatório sobre esse fenômeno de sociedade.
Meninas de 8 anos com sutiãs recheados, sapatos com salto agulha, mini-strings e maquiadas é fato corriqueiro na mídia, redes sociais e programas de televisão. Não se trata somente de uma sexualização da moda infantil mas também das expressões das crianças, das posturas e dos interesses considerados precoces demais para a idade.
Psicólogos e pedagogos alertam para os seguintes aspectos:  a hiper-sexualização banaliza a pornografia e a violência; fragiliza as crianças na área do equilíbrio psiquico-afetivo e perturba a construção da indentidade. A introdução precoce da sexualidade provoca estragos psicológicos irreversíveis na maioria dos casos.
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O fenômeno se tornou um problema nacional a partir do escândalo da Vogue.  Em 201o esta revista publicou fotos de uma menina de 10 anos maquiada, com roupas e posições sugestivas. Essa reportagem  levou o governo a encomendar o relatório parlamentar apresentado esses dias. Ele é severo e   aconselha proibir os concursos de mini-miss, aconselha a re- introdução do uniforme escolar e preconiza a proibição  menores de 16 anos representantes de marcas da alta costura  e do prêt à porter.
Este fenômeno adquiriu aspectos internacionais e a cidade de Quebec é exemplo em como tratar a questão. A Bélgica e o Reino Unido também. David Cameron pediu o ano passado um relatório sobre o assunto intitulado Let Children be children.
Richard Poulin, sociólogo canadense e especialista da sexualização das crianças, publicou livro onde descreve a relação entre indústria pornográfica, moda e esses  novos hábitos.  A influência da pornografia se exerce em dois polos: a “adultificação” das meninas que se vestem em mulheres fatais e a infantilização das mulheres que  se depilam completamente para terem aparência de uma criança.

A França ataca esse problema de maneira preventiva. Apesar da preocupação do govêrno e dos senadores,  até aqui as crianças francesas continuam crianças e não sucumbiram aos apelos das imagens veiculadas via internet, redes sociais e televisão. Isso, graças ao controle parental. Tem horas que a rígida educação francesa merece uma salva de palmas.

Richard Poulin – La mondialisation des industries du sexe – Ottawa, L’Interligne, 2004.

DANIELLE BITTENCOURT- Clínica de Psicologia e Arteterapia

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MANDALAS!!!!

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